Me chamas
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Somente Tu falas
mas preferes o silêncio
Devoro a tua Palavra
mas não saboreio o teu abraço
Tua santa lei habita em minha cama
junto aos maus desejos dos meu dias
Durmo no chão, com medo
Em meu coração te louvo
Mas meus atos te entristecem
Meu eterno recair
Teu eterno perdoar
Corto aos poucos o galho onde me assento
O que sentes?
Não sou ramo como os teus
Eis que virão as chamas...
Um dia te verei face a face
E terei medo
Pelos erros de décadas
pagarei décadas sem fim
O que sentirás por mim enquanto te olho?
O que sentirei por ti enquanto me olhas?
Nesse breve instante em que te verei
Ouvirias minha pergunta?
Por que me deste teu silêncio?
Mas em silêncio renuncio minha coroa
Aceitarei tuas primeiras palavras a mim
Ainda que de condenação
Por tanto tempo quis te ouvir
Nesse triste começo dirás meu fim
Como pôdes me amar tão muito?
Como pude Te amar tão pouco?
Disseram que Teu amor era eterno...
Irás ainda me amar enquanto minha alma queima no inferno?
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jambelfort
www.livroabertonoescuro.blogspot.com
jamys2006@gmail.com
(Texto Registrado. Mencione minha autoria)
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