Por que não agora?








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Tive a felicidade de conhecer a Jesus Cristo ainda criança.
Aos poucos percebi que caminhava por caminhar.
Conheci quem sou e no que sou capaz.
Vez por outra, recorria-me ao Caminho,
em ciclos erros-confissões sem fim.

Eu sou um humano mau em meio a maus humanos:
a completa transformação em Nova Criatura é uma esperança após a morte,
demorada demais, para um céu longínquo.
Até lá, sou passivo a quedas e devaneios.
Todos os meu dias.

Muitos, como eu, se despedaçam pelo caminho.
Admiro e observo apaixonadamente os que prosseguem.
Quanta fé!
Mas eu sou um inquieto, um curioso, um eterno questionador do que acredito.
Por que me tornei assim?
Teria o bom Criador criado este menino mal-criado?

Hoje desprezo o que ~aprendi~ sobre Ele.
O conheço, mas não o toco, não o ouço, não o sinto.
A Preciosidade do abraço d’Ele só terei quando minha vida chegar ao fim,
caso inocentado em Seu julgamento.
Felicidade celestial após sofrimentos terrenos.
Isso em nada me conforta hoje, neste corpo, que sangra, que chora, que congela.
De que adianta apenas O ver quando estiver num céu sem lágrimas, dor ou dúvidas?
De que adianta O abraçar apenas quando meus medos já tiverem desaparecido?

Não me contento em ouvi-lo apenas lendo seu livro.
Isto não me agrada em nada.
Quero que Ele me toque.
Só assim serei curado deste mal, como São Tomé, que mesmo sem fé recebeu o que tinha pedido.
Não quero acreditar que seja tudo verdade – disso eu já bem sei.
Não quero barganhar uma teofania,
não quero fazer birra como criança,
não quero julgar-me merecedor de Seu carinho.

Quero apenas Ele.

Por que não agora?

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jambelfort
www.livroabertonoescuro.blogspot.com
jamys2006@gmail.com

(Texto Registrado. Mencione minha autoria)

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